Inaugurado em 1979, o Centro de Internamento e Reeducação (CIR) foi desativado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF) nessa segunda-feira (31/5). O prédio abrigava 2.461 reeducandos do regime semiaberto que podem realizar trabalhos internamente e aguardam o usufruto dos benefícios externos, concedidos pela Vara de Execuções Penais (VEP).
Após a desativação completa do CIR, autorizada pela juíza titular da VEP, Leila Cury, em 14 de dezembro de 2020, os detentos foram transferidos para o antigo Centro de Detenção Provisória I (CDP I) na manhã dessa segunda-feira. O local passou por reformas pontuais e higienização para receber os reeducandos com todas as condições necessárias.
Antes de receber os detentos do CIR, o local era ocupado por presos provisórios – transferidos, na última semana, para a Unidade de Detenção Provisória Desembargador George Lopes Leite, em São Sebastião.
Para o secretário de Administração Penitenciária do DF, o delegado aposentado Geraldo Luiz Nugoli, a desativação do CIR é um marco na história do sistema prisional. “Esta data deve ser bastante comemorada por todos os atores envolvidos na execução penal e pela sociedade como um todo. Conseguimos desativar uma das unidades penais mais antigas do DF e, ao mesmo tempo, resolver o problema da superlotação no semiaberto do Complexo da Papuda”, enfatizou Nugoli.
Além dos presos transferidos do CIR para o antigo CDP I, cerca de 1 mil reeducandos do semiaberto que cumprem pena nas Penitenciárias I e II do DF (PDFs I e II), voltadas para a custódia de detentos do regime fechado, também irão para o novo CIR. Com isso, todos os custodiados do regime semiaberto, lotados no Complexo da Papuda, ficarão reunidos em um só lugar.
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