Governo do Distrito Federal
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10/03/22 às 18h20 - Atualizado em 16/08/23 às 17h59

Atendimento à população prisional LGBTQIA+ concorre a prêmio nacional

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Equipe de Saúde da UBS-15 prisional da Penitenciária Feminina do DF é finalista em concurso do Ministério da Saúde

 

Um projeto pioneiro realizado na Penitenciária Feminina do Distrito Federal está entre as 12 experiências finalistas do Prêmio APS Forte no SUS, proposto pelo Ministério da Saúde (MS) e Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil (OPAS/BRA), que reconhece iniciativas inovadoras na atenção primária à saúde. Uma equipe multidisciplinar realiza o acompanhamento sistemático e preventivo que visa assegurar os direitos da população LGBTQIA+.

 

Em 2021 mulheres transexuais privadas de liberdade no Distrito Federal foram alocadas na Penitenciária Feminina do Distrito Federal/PFDF. Essa migração gerou uma demanda específica para a equipe de saúde já que até então o atendimento era exclusivamente feminino. Com apenadas transexuais, a equipe de saúde precisou criar um atendimento específico, humanizado e com integralidade no cuidado, acolhendo as especificidades da população LGBTQIA+, inovando os processos de trabalho que atendem a população transexual dentro do contexto prisional.

 

Quartas transexuais

O projeto inovador no DF oferece palestras educativas sobre sexualidade, autocuidado, saúde física e mental, uso de hormônios, mudança de nome no registro civil, dificuldade de aceitação familiar, entre vários outros temas que são escolha das próprias reeducandas.
Nesse contexto, os atendimentos são individuais e multidisciplinares. “É um dia em que elas têm atendimentos com todos os especialistas em saúde da nossa unidade básica. Consultas médicas (com exames preventivos), atendimentos odontológicos, assistência psicológica e serviço social. O reconhecimento e acolhimento dessas pessoas são o caminho para a ressocialização”, afirma Aline Xavier, psicóloga e uma das idealizadoras do projeto.

 

Resultados

Para os profissionais envolvidos, já é possível ver os frutos do projeto: A diminuição dos casos de automutilações e de ingestão de medicação psicotrópica. De acordo com Aline Xavier, o projeto tem por objetivo mostrar para as reeducandas “o quanto elas são importantes tendo seu lugar na sociedade e sendo reconhecidas mesmo estando privadas de liberdade”, conclui.

 

O concurso

A experiência será apresentada pelos autores em live no próximo dia 17/03, às 17h, com transmissão no canal do youtube do portal da inovação na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). As vencedoras serão conhecidas no dia 7/04 e ganharão uma viagem de estudo internacional.

 

Reconhecimento

A Secretaria de Administração Penitenciária – Seape/DF cumprimenta todos os profissionais envolvidos no projeto tão significativo para a população carcerária transexual. “Nosso compromisso é assegurar que essas pessoas tenham seus direitos garantidos” destacou o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Teles.

 

 

 

 

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